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Dia dos Pais: Amor Multiplicado


Foto:João Ricca

O aprendizado que acompanha a chegada de um filho é mais do que suficiente para mudar a vida de mamães e papais, disso não há dúvida. Agora, imagine a bagagem de experiências proporcionada pela rotina quando a família recebe dois novos integrantes de uma só vez? E se forem três, quatro, cinco? Seja qual for o número de berços no quarto carinhosamente preparado, alegria e desafio andam lado a lado. A gratidão, o fortalecimento de vínculos e a descoberta de habilidades até então desconhecidas, no entanto, são maiores do que qualquer perrengue para quem é pai de muitos. É o caso do agrônomo Edson Luis Kemper, de Campinas, pai de uma turminha de sete filhos – há gêmeos e trigêmeos entre eles.


Kemper tinha dois filhos do relacionamento anterior (Diogo, hoje com 17 anos, e Thiago, com 18) e após juntar as escovas de dentes com a atual esposa veio a vontade de aumentar a família. Recorreram a um tratamento de fertilidade e as pernas bambearam “de leve” quando veio a notícia da gestação de trigêmeos. “Mas ficamos muito felizes, foi algo incrível. Claro que foi totalmente diferente de quando tive meus primeiros filhos, porque a demanda que três bebês exigiam era muito maior. Foi um período intenso, mas muito gostoso”, conta. Hoje, Carol, Isabela e João Pedro estão com 9 anos e contam com a companhia dos gêmeos José Luiz e Gabriel, que completam 4 anos em novembro.


O agrônomo lembra que a família organizou uma verdadeira operação para ajudar na logística quando os trigêmeos chegaram. E conta que, mesmo já tendo sido pai, sentiu-se como marinheiro de primeira viagem na ocasião. “É engraçado porque você acha que não sabe mais cuidar de um bebê, ainda mais de três ao mesmo tempo, e bate um certo medo. Mas, sabe, sim, é instintivo. Nas primeiras vezes, lembro que morria de medo de dar banho neles, mas isso vai voltando com a prática. Até a maneira de pegar a criança quando ela está com dor de barriga. De qualquer forma, mesmo eu e a Dani (mulher) trabalhando em parceria, tivemos muita ajuda da minha mãe e dos pais dela”, observa.


A mudança nos hábitos e a necessidade de organização cada vez maior devido à nova rotina foram decisivas na vida do casal. “É preciso estar muito organizado. Coisas simples, como ler o jornal toda manhã, às vezes ficam de lado, mas há um preenchimento muito maior ao cuidar dos meus meninos. Precisávamos nos organizar para ter certeza de que realizamos todas as nossas tarefas individuais e o que precisávamos fazer para as crianças. Isso me ajudou inclusive no trabalho, porque me deu foco, aumentou minha produtividade e mudou a maneira como eu priorizava as tarefas”, argumenta.


Kemper ainda diz que a experiência com os sete filhos e as diferenças de personalidade de cada um o fizeram prestar mais atenção às pessoas em geral. “Fiquei mais atento às singularidades de cada pessoa e valorizo isso. Para você conseguir passar valores adiante e absorver o que a criança passa, é preciso enxergar as coisas de maneira mais aberta. Isso me enriqueceu como pessoa e me ajuda a olhar para o outro de maneira melhor”, define ele, que emenda: “Vocês vão tirar foto nossa? Porque nunca conseguimos tirar uma foto em que todos apareçam bonitinhos, certinhos. É muita gente. Quando vejo aquelas fotografias de família posadas fico me perguntando como é possível fazer isso”, brinca.


Foto: Helena Pazzetti

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